Embora nós não tenhamos a mínima idéia do preparo que
é efetuado pelo plano espiritual nas inúmeras tarefas de harmonizar o ambiente,
trabalhadores se incubem de monitorar a qualidade de ar atmosférico ionizando
todos os cômodos da residência para garantir o grau de pureza necessária. Ao
mesmo tempo, inúmeros trabalhadores preparam o ambiente invisível que
corresponde ao espaço em volta do lar, isolando com faixas luminosas, áreas destinadas
às entidades que serão trazidas pelos seus mentores para ouvirem a leitura e os
comentários do evangelho no lar. Outros grupos de espíritos montam guarda ao
redor da residência, para impedir que espíritos perturbadores compareçam a
reunião criando embaraços múltiplos. Esses espíritos perturbadores, obsessores,
ou que possuem afinidades com os participantes, desistem de entrar porque a
diferença vibratória é imensa, eles preferem manter-se afastados na rua a se
aventurarem na perseguição lar adentro. Não devemos pensar que não temos
preparo para fazer o evangelho no nosso lar por falta de conhecimento nosso ou
de outros membros da família, ainda que a maioria dos familiares não encontre
tempo ou não tenha disposição para participar da oração em família. Todas as
entidades que nos assistem cooperam para que as vibrações das orações passem a
ser sentidas pelos integrantes do lar. Não fazemos idéia de como isso é
benéfico. Para termos idéia de um lar normal, o qual passa pelos mesmos
problemas que cada um de nós temos, vamos ler um trecho do capítulo 16 – “A
Preparação para o Evangelho em Família”, do livro “Despedindo-se da Terra”, de André
Luiz Ruiz, pelo Espírito “Lucius.”
“Entretanto,
o lar de Olívia não era um ambiente especial, diferente de qualquer lar
terreno, ou isento dos problemas normais de qualquer família. Era uma casa que,
em nada, se diferenciava das milhares de moradias que existem, a não ser pelo
interesse que demonstravam alguns de seus membros pela elevação de pensamentos
e sentimentos através da boa conduta, da palavra compassiva e da oração
sincera. No entanto, no rol dos problemas comuns, encontrávamos os mesmos
cenários de outros tantos grupos familiares.
João, seu
marido, era um homem pouco sensível para certas coisas, ainda que se
apresentasse como um bom pai de família. Não entendia das coisas espirituais e
se mantinha ligado a Deus à sua maneira, sem acreditar piamente nem descrer de
forma sistemática. Quando sua saúde periclitava ou seus problemas materiais se
tornavam maiores, recorria às orações como forma de encontrar um amparo
naqueles desafios que o fustigavam. No entanto, quando tudo ia bem, muitas
vezes deixava de participar para se dedicar à partida de futebol que se
costumava transmitir naqueles dias e horários ou ao noticiário sobre as
tragédias e os problemas do dia. Para isso, dirigia-se ao seu quarto, onde se
mantinha fechado, deixando o ambiente da copa disponível para a realização da
oração coletiva.
Gláucia, a filha
mais velha do casal, de longe era a mais íntima colaboradora de sua mãe, com
suas orações e ideais, já que desde jovem aprendera os mais belos conceitos
espirituais nas palavras pacientes de sua genitora, inclusive nas piores crises
que enfrentara, quando encontrara serenidade graças às orientações sábias de
seus conselhos maternais.
Luiz era o
irmão mais novo, segundo e último filho do casal Olívia e João. Era um rapaz
agitado, na efervescência da vida, e cheio de aventuras na cabeça.
Assim, com
exceção de Gláucia e Olívia, os dois outros integrantes do ambiente familiar
eram homens pouco ligados às questões do Espírito e às transformações
indispensáveis para a manutenção do equilíbrio doméstico.”
Bem, como vimos, são os mesmos problemas que muitos de
nós passamos. A lei é justa e sábia, todos aqueles que se mantém em elevação de
pensamento e sentimento e não ingressam nas ondas de vibrações inferiores, são
salvaguardas do lar. O simples ato de
orar em família é benéfico ao equilíbrio do lar. Agora imaginem quando deixamos
de fazer o Evangelho no Lar, por esquecimento ou preguiça, o quanto nós
dificultamos à assistência aos nossos irmãozinhos que estariam aprendendo
conosco, e o tempo desperdiçado dos nossos irmãos no preparo do lar para o
evangelho. Ah! Infelizmente o quanto ainda nós dificultamos os trabalhos do
Plano Espiritual Superior.
“O Mal atua dentro do
espaço de manobra que os encarnados e desencarnados, igualmente invigilantes,
lhes concedem.”
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